"(...)Você,
que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não
me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada,
feliz em nada.
Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: 'Ei, não quer conhecer minha casa nova?' Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.
Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase.
Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: 'Ei, não quer conhecer minha casa nova?' Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.
Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase.
E é justamente por eu nunca ter
sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser
inteiro.
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.
O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é."
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.
O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é."
(Tati
Bernardi)